As condições de trabalho (horários, natureza das atividades, ambiente, por exemplo) são capazes de desencadear uma série de ameaças à saúde mental dos profissionais.
Sensações como tristeza, ansiedade, indiferença, irritabilidade, falta de poder de concentração e alterações bruscas de humor podem ser alguns dos sintomas que acometem as pessoas que sofrem de transtornos mentais e comportamentais.
Por isso, é muito importante que esse tema seja discutido no ambiente de trabalho e na vida cotidiana do indivíduo.
Síndrome de burnout. O que é isso?
Quando o trabalhador começa a sofrer um esgotamento mental caracterizado pela objetificação das relações e dos processos de seu dia a dia profissional e, principalmente, das relações humanas, o sentido do trabalho é parcial ou totalmente perdido.
A pessoa se vê, portanto, diante de um burnout, termo de língua inglesa que significa “um colapso físico e (ou) mental causado pelo excesso de trabalho ou por estresse”.
Mesmo esgotada, a pessoa continua comparecendo à empresa onde trabalha, mas passa a apresentar pouca ou nenhuma produtividade. Por fim, via de regra, ela é afastada por um quadro de depressão ou de ansiedade, de modo que o burnout acaba sendo subnotificado.
O ideal seria que o trabalhador encontrasse auxílio de um terapeuta. Se você tem dúvidas sobre o momento certo para procurar um psicólogo, clique aqui e saiba mais.
Como os afastamentos causados por danos à saúde mental afetam as empresas e os trabalhadores?
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, os problemas de ordem mental / emocional serão responsáveis pela maior parte dos afastamentos de trabalhadores de seus postos de trabalho já em 2020. No Brasil, os problemas de natureza psicoemocional respondem pelos afastamentos mais duradouros em número de dias.
Para as empresas, tais afastamentos resultam em aumento de custos visíveis (aqueles decorrentes dos valores pagos ao funcionário que não está trabalhando) e invisíveis (com ao sobrecarga das equipes). Já a sociedade é obrigada a arcar com o preço pago à Previdência Social.
Finalmente, para o trabalhador, os impactos são o próprio adoecimento, a interrupção do crescimento na carreira e o prejuízo nas relações familiares e afetivas. Em casos extremos, a pessoa pode até desenvolver a chamada “síndrome do pânico”. Para saber mais sobre esse sério distúrbio, clique aqui.
Como reintegrar o trabalhador que passou por um problema mental / emocional?
Reinserir um trabalhador que esteve doente emocionalmente ao ambiente de trabalho é um processo delicado e trabalhoso. É necessário que o gestor, a equipe e o próprio funcionário se adaptem às mudanças que se fizerem necessárias às novas rotinas laborais.
A participação da equipe de RH e de um(a) psicólogo(a) são importantes para auxiliar no processo de readaptação e medir os resultados alcançados após a implementação das medidas que se fizerem necessárias.
O que fazer para reduzir os riscos à saúde mental no trabalho?
O primeiro passo que as empresas podem dar é a realização periódica das pesquisas de clima e dos indicadores de afastamento. Com os dados em mãos, é possível traçar estratégias que minimizem tais riscos a partir de uma gestão de recursos humanos presente e atuante.
Os programas de prevenção e a criação de uma ouvidoria dedicada exclusivamente a receber as críticas e as sugestões dos funcionários também são boas ações. Já ao colaborador cabe analisar as suas perspectivas profissionais e pessoais de modo a compreender melhor as suas expectativas e projetar as mudanças necessárias.
A inclusão de atividades físicas e de ações que promovam o autodesenvolvimento pode abrir novas possibilidades motivadoras. Ao mesmo tempo, é aconselhável manter um diálogo aberto com o gestor, de modo que este esteja ciente de possíveis problemas no ambiente de trabalho que podem representar riscos à saúde mental dos membros da equipe.
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